O CID 150 é a classificação que corresponde ao diagnóstico de câncer de esôfago, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
A CID-10 é uma codificação utilizada mundialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para padronizar o diagnóstico de doenças e outros problemas de saúde.
O câncer de esôfago é uma doença grave que afeta o tubo que conecta a garganta ao estômago, sendo caracterizada pelo crescimento descontrolado de células malignas nessa região.
Existem dois tipos principais de câncer de esôfago: carcinoma de células escamosas, que ocorre nas células que revestem o esôfago, e o adenocarcinoma, que geralmente se desenvolve nas células das glândulas que produzem muco.
Ambos os tipos podem trazer complicações severas para a saúde do paciente, incluindo dificuldades para engolir, dor e perda de peso significativa.
Além de ser uma doença que exige tratamento especializado, como quimioterapia, radioterapia ou cirurgia, o câncer de esôfago pode impactar significativamente a qualidade de vida e a capacidade de trabalho da pessoa diagnosticada.
Dependendo da gravidade e estágio do câncer, o paciente pode ficar incapaz de exercer atividades laborais, o que pode justificar o pedido de aposentadoria por invalidez ou outros benefícios previdenciários.
Quais os direitos de quem tem CID 150?
Pessoas diagnosticadas com câncer de esôfago, identificado pelo CID 150, têm direitos específicos no Brasil, garantidos por leis que visam oferecer suporte em momentos de fragilidade e incapacidade. A seguir, listamos alguns dos principais direitos que podem ser acessados:
a) Aposentadoria por invalidez
A aposentadoria por invalidez é um dos direitos mais importantes para quem sofre de doenças graves como o câncer de esôfago. Para ter direito a esse benefício, é necessário comprovar que a doença impossibilita o segurado de exercer qualquer atividade laboral. O INSS avalia a situação por meio de uma perícia médica, que verifica a incapacidade total e permanente de trabalhar.
b) Auxílio-doença
Se a incapacidade para o trabalho for temporária, o paciente com CID 150 pode ter direito ao auxílio-doença. Esse benefício é concedido a trabalhadores que estão temporariamente incapacitados de exercer suas atividades profissionais. Para solicitá-lo, o segurado também passa por uma perícia médica no INSS.
c) Isenção de Imposto de Renda
Pessoas diagnosticadas com doenças graves, como o câncer, têm direito à isenção do Imposto de Renda sobre os rendimentos de aposentadoria, pensões ou reforma. Isso significa que os valores recebidos em decorrência desses benefícios não serão tributados, aumentando o valor líquido recebido mensalmente.
d) Saque do FGTS e PIS/PASEP
Pacientes com diagnóstico de câncer de esôfago têm direito a realizar o saque integral do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/PASEP.
e) Prioridade em processos judiciais
Pessoas com doenças graves, como o câncer de esôfago, têm direito à tramitação prioritária em processos judiciais, acelerando o andamento dos casos.
f) Tratamento pelo SUS e medicamentos gratuitos
Pacientes com CID 150 têm direito a realizar todo o tratamento de forma gratuita pelo SUS, incluindo cirurgias, quimioterapia, radioterapia e medicamentos.
CID 150 aposenta? Entenda os critérios.
A aposentadoria para pessoas diagnosticadas com CID 150 (câncer de esôfago) é possível, mas depende de alguns fatores de acordo com a legislação previdenciária brasileira.
Aposentadoria por invalidez
A aposentadoria por invalidez é concedida quando o segurado está permanentemente incapaz de realizar qualquer atividade laboral. Para ser concedida, os critérios são:
- Contribuição mínima: É exigido ter contribuído ao INSS por, pelo menos, 12 meses, mas essa carência pode ser dispensada em casos graves como o câncer.
- Perícia médica: A avaliação feita por um perito do INSS verifica a incapacidade permanente.
No caso do CID 150, a aposentadoria por invalidez é geralmente concedida em estágios avançados da doença, como quando há metástase.
Auxílio-doença
Se a incapacidade for temporária, o segurado pode ter direito ao auxílio-doença. O auxílio-doença também exige uma perícia médica para comprovar a incapacidade.
Isenção da carência para doenças graves
Para doenças graves, como o câncer de esôfago, o INSS pode dispensar o período mínimo de 12 contribuições, permitindo que o paciente acesse os benefícios de forma mais rápida.
Como requerer a aposentadoria com CID 150?
Requerer a aposentadoria com o diagnóstico de CID 150 exige o cumprimento de algumas etapas e a apresentação de documentos.
Passo 1: Reúna a documentação médica
Documentos como laudos médicos atualizados, exames e relatórios de tratamento são essenciais para comprovar a gravidade da condição e devem ser levados à perícia médica do INSS.
Passo 2: Verifique as contribuições ao INSS
No site ou app Meu INSS, o segurado pode conferir suas contribuições e verificar se atende às exigências.
Passo 3: Agende uma perícia médica
A perícia médica deve ser agendada pelo Meu INSS ou pelo telefone 135. Durante a avaliação, um médico do INSS analisará os documentos e realizará a avaliação.
Passo 4: Faça a solicitação pelo Meu INSS
A solicitação da aposentadoria pode ser feita diretamente pelo site ou app Meu INSS, anexando os documentos médicos e pessoais necessários.
Passo 5: Acompanhe o andamento
O INSS tem até 45 dias para dar uma resposta, e o andamento do processo pode ser acompanhado no Meu INSS.
Passo 6: Recurso em caso de negativa
Se o pedido for negado, o segurado pode apresentar um recurso administrativo ou acionar a via judicial.
Dicas para facilitar o processo de aposentadoria
a) Mantenha a documentação médica atualizada
Ter laudos médicos recentes é essencial para o sucesso da solicitação. Laudos com mais de três meses podem ser considerados desatualizados pelo INSS.
b) Peça apoio de um médico de confiança
Um oncologista ou especialista pode ajudar a descrever o impacto da doença com precisão, fornecendo laudos detalhados.
c) Preencha corretamente o pedido no Meu INSS
Erros de preenchimento podem atrasar ou comprometer o pedido, então tenha atenção ao informar o CID 150 e os dados pessoais.
d) Prepare-se bem para a perícia médica
Durante a perícia, leve todos os exames e laudos e explique os impactos da doença no seu trabalho e cotidiano.
e) Considere o apoio de um advogado previdenciário
Caso o pedido seja negado ou o processo seja complexo, um advogado previdenciário pode ajudar a garantir que os direitos sejam reconhecidos.
f) Não hesite em recorrer se o pedido for negado
Caso o INSS negue o benefício, é possível apresentar um recurso ou seguir pela via judicial para garantir os direitos.